sábado, 22 de setembro de 2012


Sai de cena

Se não for pra me ouvir, então não me conte mais estórias
guarde tuas palavras, apague o verbo...de certo não disserte nada.
Se não for pra assumir, então deixe de rodeios;
não me acerque, não me trate com migalhas;
apressa-te, por que aquele que pulsa em mim, tem pressa.

Já ti vi com várias caras, várias bocas e até mesmo taras;
Já te conheço de longa data.
Não é de hoje que os teus "eus" me depara;
ora nas noites, ora nas nigths...

Hoje sou esquivo, me escondo, te evito;
corro léguas dos teus gritos, mesmo quando necessito...
Hoje não me vence nem convence;
tão pouco me pertence...
ora  breve, ora tenso.

Calo-te a boca com a boca na boca;
Tiro, elimino tuas forças,
a língua quase louca, solta, solta...
se enrola, se revira, se namora.

Ah! Vá embora!
Já que não quer me ouvir, não me enrola;
Me poupe os argumentos, não me soletre os pensamentos...
Ah!  Vá embora!
Já que não vai assumir, me descola,
Sai do esquema, sai da frente, sai de cena...